sábado, 24 de julho de 2010

Meu pequeno príncipe!


Querido Nícolas, 
Hoje eu assisti um filme que me fez ter mais saudades suas, "Le petit Nicolas" é um filme francês, e eu amo filmes franceses, quando você crescer, talvez descubra isso... Não, não foi por causa do filme que tive saudades, ela tem sido uma constância com a qual dia a dia aprendo a lidar, no entanto vez ou outra ela incomoda de forma latente, e eu gostaria que soubesse que me preocupo com você, que queria estar ao seu lado para responder a todas as suas dúvidas, para rir das suas descobertas e te dar conselhos sobre a vida, contudo sei que me limito a ser a tia que nas férias leva presente aos sobrinhos, mas também sei, que a despeito disso, você tem um enorme carinho por mim, sua mãe me contou que quando você sabe que vou chegar na manhã seguinte, não quer dormi pra me esperar e estar acordado quando a titia chegar. 
Eu vi um bichinho numa loja de brinquedos, cujo você coloca na água e ele aumenta seiscentas vezes  o tamanho, vou levar, acho que você e seus irmãos vão gostar, pelo menos achei diferente de tudo que vocês costumam brincar, também vi um skate e me lembrei de você, tenho vontade de te dar um quando tiver ao menos doze anos, mas tenho medo de ser a responsável por uma eventual fratura (Deus te livre)! A quem você terá herdado esse gosto por skate? Ah meu amor! Quando a titia for, também vou levar o livrinho do Pequeno Príncipe, e prometo que vou ler pra você, e o DVD do filme pra você assistir mil vezes, tenho certeza que você vai amar, e quanto ao "Le Petit Nicolas" creio que precisa crescer mais um pouquinho para entende-lo, mas prometo voltar a falar sobre isso com você.
No momento o que posso garanti é que o filme é muito fofo e engraçado. A história é delicada e leve,   capaz de arrancar facilmente boas e gostosas gargalhadas. Imperdível!!
Bem, gostaria de ficar a tarde toda falando de suas travessuras, sua esperteza e sua doçura, mas vou falar um pouco mais sobre o "Le Petit Nicolas".


Do diretor Laurent Tirard 

Tirado de um livro infantil de Goscinny (criador dos quadrinhos Astérix et Obélix) e Sempé.

O garoto Nicolas leva uma vida tranquila. É muito amado por seus pais, tem uma turma de amigos com quem se diverte bastante. Para ele, nada precisa mudar.  
Mas um dia, Nicolas surpreende uma conversa entre seus pais que o faz achar que a mãe está grávida. O menino entra em pânico e já imagina o pior: tão logo nasça um irmão, seus pais deixarão de lhe dar atenção e vão abandoná-lo na floresta como as histórias do Pequeno Poucet, de Perrault.




"Laurent Tirard conseguiu trazer inocência, humor e poesia a esses homenzinhos de calças curtas." – Le Journal du Dimanche

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Não sei fazer versos.


Meu coração que não me deixa em paz,
que não para de olhar pra trás,
mas é só saudade mesmo,
saudade de tudo que tive por perto,
do que sonhei e até do que chorei,
saudade de mim antigamente,
saudade que tem nome,
cheiro, lugar e rosto,
saudade dos meus visinhos amigos e parentes,
saudade dos quinze,
saudade que me fez chorar de desgosto,
de tudo que eu não sabia que iria aprender,
hoje tem cor sabor e gosto...
Saudade também do que quero ser.

domingo, 18 de julho de 2010

História de uma gata arisca

Este ano eu queria dar um presente diferente ao meu marido no dia dos nomorados, depois de muito pensar resolvi ver se encontrava gatos pra adotar na minha cidade, pra minha surpresa ao procurar na internet, já no primeiro link encontrei três gatinhos lindos pra adoção (de aproximadamente dois meses) e ainda perto da minha casa, achei que fosse o destino e resolvi encarar o desafio, afinal ele ama gatos e eu detesto (detestava).

Saí do trabalho no meio da tarde e fui buscar o gatinho, vi a Knnor (nome provisório), sentadinha, ( pensei que ela seria menor, achei meio crescidinha e fiquei receiosa) parecia estar me esperando, os outros dois dormiam tranquilamente debaixo de um carro. Então eu disse quero esta! E fui na sua diração para pega-la no colo, pensei que se tratasse de um gato manso, ela rosnou pra mim, e fez menção de ataque, a dona  disse pra eu ter calma pois ela não deixava qualquer um se aproximar. Ela começou a correr pra todo lado, quando finalmente a Shirley a pegou e me deu, ela entrou em desespero e começou a miar e me arranhar. Eu quase desisti.

A Shirley a colocou dentro do meu carro, e quando eu cheguei em casa fui tentar pega-la para colocar dentro de casa, ela não me deixava aproximar, corria se agarrava com as unhas no banco, eu tava morrendo de medo e ela também, quando finalmente consegui pega-la pelas costas, ela fincou as unhas no banco do carro gritava, e acabou fazendo coco (de medo), não vou mentir, eu quis mata-la, então resolvi pegar uma toalha, enrrolar nela e tira-la do carro, coloquei ela no chão, ela correu pro quarto de hospédes e subiu na cama, nessa hora ela nem tinha forças para correr de mim, se esparramou na cama, muito cansada com a lingua pra fora e extremamente assustada, quando recuperou o folego correu pra debaixo da cama, e ficou la por horas.

A noite ela resolveu sair, eu e meu marido fechamos a porta do nosso quarto deixamos água e comida pra ela na cozinha e eu rezei pra conseguir dormi naquela noite, já estava muito arrependida da minha "fabulosa" idéia. A gata passou a noite toda miando, derrubou várias coisas da estante, quebrou um objeto, e fez coco no meu sofá. Quando eu acordei queria saber onde estava com a cabeça quando resolvi adotar um bicho que odiava, e agora me lembrara porque! Abri a porta da sala e torci pra ela fugir e nunca mais voltar, ela foi pra fora miando ainda desesperada. Enquanto tomava café estava pensando no que dizer a meu marido, afinal foi uma tremenda irresponsabilidade da minha parte, adotar um bicho pra deixa-lo da rua, pra dizer a verdade eu queria que ela sumisse! Só que na hora de sair pro trabalho eu descobrir onde ela estava econdida: no motor do carro. Cheguei atrasada no trabalho, e o pior é que eu percebia na cara do meu marido que ama gato e tem toda paciência do mundo o quanto minha idéia tinha sido infeliz! Então conversamos sobre devolve-la, cheguei ao trabalho disposta a ligar pra dona e devolver, então liguei pro meu marido que me disse, para deixa-la  só  avisada que se ela não se adaptasse a  devolveremos, ficamos com ela só uma noite, vamos ver no que dá! Disse ele.

Então la vou eu pra internet ver como domesticar, amansar gatos ariscos, fiquei triste, porque vi relatos de gatos que nunca deixam seus donos se aproximarem.
Ela ficava o tempo todo no quarto de hospede, mas quando eu chegava ela ficava onde eu estava, comecei a desconfiar que ela gostava de mim, mas não deixava ninguém se aproximar e rosnava com a nossa presença, comprei bolinhas de brinquedo, (ela odiou) amarrei um bolinha de papel a um barbante e fui brincando pacientemente com ela, ela tinha medo, não chegava muito perto, mas aos poucos foi perdendo o medo. Ela começou a chegar perto de mim, mas não muito, e finalmente com muita dificuldade conseguir passar a mão nela. Ela não deixava meu marido se aproximar, mas já estava se sentindo em casa, ficando no mesmo ambiente que a gente.

Uma semana depois, ela fugiu, fomos procura-la pela visinhança, eu já estava sem esperanças. Quando finalmente meu marido a encontrou, mas o portão e a porta de casa estavão trancados, ele teve que pega-la, ela óbvio queria se soltar e mordeu o Ronaldo, mordeu muito. Ele ficou possesso e gritou: amanhã devolveremos esse gato! Ficou emburrado um tempão até comigo, (pois eu tinha trancado a porta), eu briguei com ela e disse pra nunca mais fazer isso. Ela ficou meio ressabiada, e começou a rodear o Ronaldo, meio desconfiada, como que pedindo desculpas, parece que sabia que tinha feito algo errado, então ela ficou no mesmo sofá que ele neste dia, até então ela nunca tinha ficado perto dele.

Desde então, sempre tiramos um tempo pra brincar com ela, e cada avanço era comemorado, cada vez que ela chegava perto, ou nos deixava acaricia-la, ou cada vez que ela brincava com nossa mão.
Hoje, quarenta dias depois de a adotarmos, ela virou nosso xodózinho, carinhosa, começou a ronronar (sinal de alegria e contentamento), deixa a gente pegar, claro que não sem prostetar, mas deixa, deixa a gente dar banho e até cortar as unhas, adora dormir com a gente, sempre está onde estamos, é muito brincalhona, (ela pensa que é a Daniele Hipolito, ou Dayane dos Santos). Ela aprendeu a trazer uma bolinha feita com sacola amarrada, que ela adora, pra gente jogar pra ela, ontem eu estava num sofá e o Ronaldo em outro, ela trouxe a bolinha pra eu jogar ela foi pegou e levou no outro sofá pro Ronaldo jogar pra ela, ela buscou e trouxe pra mim, e ficou assim um tempão revezando pra gente não ficar com ciúmes.

Ela se chama Mel, e tem alegrado e adoçado nossas vidas. Por causa dela, eu posso dizer que aprendi a querer bem aos gatos! Ela é linda querida e geniosa igual a mim. Amo-a!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Jornada da Alma!


Esse filme até hoje me impressiona, fiquei dias meio boba, pra mim é até dificil falar sobre ele. Mas vou tentar descrevê- lo em poucas palavras.
Conta a história real de uma mulher que sofre de histeria, e é fonte de pesquisa de Jung, discípulo de Freud, sua cura se confunde entre o tratamento psicológico e o caso amoroso entre os dois. O que mais me impressionou foi a capacidade de superação e adaptação de uma pessoa tão fragil psícologicamente e com o emocional abalado e aparentemente irrecuperável.

Jornada da Alma

titulo original: (Prendimi L'Anima)
lançamento: 2003 (França)
direção: Roberto Faenza
atores: Iain Glen , Emilia Fox , Caroline Ducey , Craig Ferguson , Jane Alexander
duração: 89 min
gênero: Drama
status: arquivado
Sinopse:
Em 1905 Sabina (Emilia Fox), uma jovem russa de 19 anos que sofre de histeria, recebe tratamento em um hospital psiquiátrico de Zurique, na Suíça. Seu médico, o jovem Carl Gustav Jung (Iain Glen), aproveita o caso para aplicar pela primeira vez as teorias do mestre Sigmund Freud. A cura de Sabina vem acompanhada de um relacionamento amoroso com Jung. Após alguns anos ela volta à Rússia, tornando-se também psicanalista e montando a primeira creche que usa noções de psicanálise para crianças. Década após sua morte, ela tem sua trajetória resgatada por dois pesquisadores. 

Trailer:

A cor púrpura



Essa história nos faz perceber do que um ser humano é capaz de suportar em nome da sobrevivência. Ela estava condenada ao silêncio e a violêcia da vida, quando começa a escrever pra Deus, com descrições belissímas do seu cotidiano. Exemplo de força! Primeiro filme de Whoopi Goldberg, que impressiona na interpretação, a fotografia é de tirar o folêgo, no entanto é puro entreterimento, mas vale muito apena, apesar de que penso que o diretor poderia ter conduzido melhor alguns aspectos.

Sinopse

Uma jovem de quatorze anos é violentada pelo pai e torna-se mãe de duas crianças. Sem poder mais procriar, ela logo é separada de seus filhos e é doada a um homem que a trata como escrava e companheira.

Elenco

  • Danny Glover .... Albert/Mister
  • Whoopi Goldberg .... Celie
  • Margaret Avery .... Shug Avery
  • Oprah Winfrey .... Sofia
  • Willard E. Pugh .... Harpo
  • Akosua Busia .... Nettie
  • Desreta Jackson .... Celie (jovem)
  • Adolph Caesar .... Mister (velho)
  • Rae Dawn Chong .... Squeak
  • Dana Ivey .... srta. Millie
  • Leonard Jackson .... pai
  • Bennet Guillory .... Grady
  • John Patton Jr. .... pregador
  • Carl Anderson .... reverendo Samuel
  • Susan Beaubian .... Corrine
  • James Tillis .... Buster
  • Phillip Strong .... prefeito
  • Laurence Fishburne .... Swain

Principais prêmios e indicações

Oscar 1986 (EUA)
Globo de Ouro 1986 (EUA)
  • Venceu na categoria de melhor atriz - drama (Whoopi Goldberg).
  • Indicado em outras quatro categorias: melhor filme - drama, melhor diretor, melhor atriz coadjuvante (Oprah Winfrey) e melhor trilha sonora.
BAFTA 1987 (Reino Unido)
  • Recebeu uma indicação na categoria de melhor roteiro adaptado.

Academia Japonesa de Cinema 1987 (Japão)
  • Indicado na categoria de melhor filme estrangeiro.
Writers Guild of America 1986 (EUA)
  • Indicado na categoria de melhor roteiro adaptado.
National Board of Review 1985 (EUA)
  • Venceu na categoria de melhor filme em língua inglesa e melhor atriz (Whoopi Goldberg).

Curiosidades

  • Foi a estréia de Oprah Winfrey no cinema.
  • A cantora Tina Turner chegou a ser convidada para interpretar a personagem Shug Avery, mas recusou o papel.
  • Foi o primeiro filme de Steven Spielberg que não contou com a trilha sonora de John Williams.
Trailer:




O contador de histórias!!


O contador de história é um filme de Luiz Villaça, baseado na vida do mineiro Roberto Carlos Ramos, um exemplo genuino de como o afeto pode mudar a história.
O menino de apenas 6 anos, caçula de 10 irmãos, é deixado pela mãe na FEBEM, instituição na época recém criada pelo governo que a priori se destinava a garantir um futuro melhor a crianças carentes.
Não quero entrar em detalhes pois o  filme não é pra ser contado e sim assistido, particularmente já o vi duas vezes e pretendo vê-los outras mais. Não tem como continuar igual depois desse filme. É uma verdadeira lição de vida!
 
Trailer:
http://www.youtube.com/watch?v=1Aqn_jO_HAM

Sinopse oficial:

Gênero: Drama
Duração: 100 minutos
Website Oficial: Clique Aqui
Status: Arquivo
Elenco:
 Maria de Medeiros
Daniel Henrique
Paulinho Mendes
Cleiton Santos
Malu Galli
Ju Colombo
Daniel Henrique da Silva
Ricardo Perpétuo
Matheus de Freitas 
Sinopse:
O Contador de Histórias' gira em torno da trajetória de Roberto Carlos, um menino pobre de Belo Horizonte que, durante a década de 70, cresce em uma entidade assistencial para menores então recém-criada pelo governo. Entre fugase capturas, ele é considerado irrecuperável por seus educadores. A vida do garoto, porém, muda quando ele conhece a pedagoga francesa Margherit (Maria de Medeiros, de Pulp Fiction), que vem ao Brasil para realizar uma pesquisa. Juntos, aprendem importantes lições um com o outro, que mudarão as vidas de ambos para sempre.
Curiosidades:
Com direção de Luis Villaça e produção de Denise Fraga e Francisco Ramalho Jr., O Contador de Histórias inspira-se na história real de Roberto Carlos Ramos, ex-menino de rua que se transformou em professor e contador de histórias, ofício no qual é hoje considerado um dos melhores do mundo.
 Trailer:

O escafandro e a borboleta.



Pra quem não sabe, (eu não sabia) escafandro é uma estrutura de ferro e borracha usada por mergulhadores para trabalhos no fundo da água, e borboleta é aquele inseto lindo que só vive por 24 horas. Bem, mas isso não vem ao caso. O título do filme é uma metáfora linda que nos encanta no decorrer da trama. A película nos envolve do começo ao fim. 
O filme conta a história de um homem super bem sucedido, bonito e namorador, que derrepente se vê preso em seu próprio corpo após sofrer um acidente cardiovascular, depois do qual só consegue mexer um olho, apenas um olho. Mesmo assim consegue um grande feito, que é contado durante a história. Show de interpretação, fotografia e direção, as tomadas de câmaras são impressionantes, nos faz entrar e nos sentir no mundo do protagonista. (História real). Imperdível!!

VENCEDOR de 2 prêmios no Festival de CANNES 2007: Julian Schnabel, Melhor DIRETOR - Janusz Kaminski, Technical Grand Prize

Vencedor Globo de Ouro 2008: Melhor Diretor (Julian Schnabel) e Melhor Filme Estrangeiro

Com Mathieu Amalric, Emmanuelle Seigner, Marie-Josée Croze, Anne Consigny

Direção Julian Schnabel

Gênero
Drama

Duração 112 min
Trailer:

Filmes Sensacionais!!

Adoro cinema, amo filmes bons, desses que te deixam pensativa por uns três dias, três meses e até pro resto da vida. Há filmes que me tocaram de tal forma que mudaram pra sempre meu modo de ver o mundo ou de me relacionar com as pessas, e isso eu posso afirmar sem medo de parecer exagerada. 
Pretendo voltar pra falar mais vezes de filmes, livros, músicas. Mas hoje quero falar de 4 filmes, e olha que a idéia original era falar só de um, são eles: "A jornada da alma", "o escafandro e a borboleta" "a cor púrpura" e "o contador de histórias" mas vou postar um por um, pra não ficar cansativo. Eu garanto que é impossível assisti-los e continuar a mesma pessoa.